sábado, 29 de dezembro de 2007

Retorno/Retrospectiva

Muito se passou nesses quase 4 meses de ausência. Tanto se passou que a ausência se fez necessária. Mas o que importa é que 2007 chega ao fim e 2008 vem que vem.

2007, ano de copa do mundo. Na primeira rodada eu já falei um pouco sobre o que seria a tônica de toda a competição: grandes atuações das seleções menores e jogos não tão brilhantes dos times consagrados. Pumas argentinos merecidamente (mereciam até mais) em terceiro lugar, uma Inglaterra que ressurgiu das cinzas para chegar ao bronze e a técnica e forte África do Sul levando o caneco para casa, com direito a jogar o presidente para cima durante a premiação (nada que se compare à importância de Mandela com a camisa dos Springboks em 1995).

Pouco mais de um mês depois, os mesmos Amabokoboko (versão Zulu para Springboks) levaram uma surra dos Barbarians, equipe de jogadores convidados, que tem como característica um jogo rápido e ofensivo, coisa que pouco se viu nessa copa.

O ponta veloz Brian Habana foi eleito melhor jogador do ano. Eleição muito criticada, pois só premiou os campeões sul-africanos, deixando de lado brilhantes atuações dos argentinos, por exemplo. Aliás, o próprio Habana foi atropelado pelo jogador Takudzwa Ngwenya dos EUA, considerado um dos tries mais bonitos da competição.

Hoje o técnico inglês Brian Ashton e o fullback Jason Robinson foram agraciados com honras nacionais pelas conquistas em 2007 (nada de tão especial, Jason Robinson já havia recebido a homenagem em 2003, mas é notícia fresca).

O ano vindouro já começa com campeonatos importantes em andamento e outros em preparação. Campeonatos de clubes pela europa: Heineken Cup (copa européia), European Challenge (segunda divisão européia), Guinness Premiership (copa inglesa), Magners League (liga celta), Top 14 (campeonato francês), Super 14 (copa do hemisfério sul: Nova Zelândia, África do Sul e Austrália) já estão quase na metade. Currie Cup (sul-africana) e Air New Zealand Cup (neo-zelandeza) começam no fim do ano, mas nesse meio tempo temos muitos jogos de seleções, o Six Nations na Europa e o Tri-Nations no hemisfério sul.

Falando nessas competições, já é sabido que uma delas vai ganhar mais um país participante: a Argentina. Uma reunião da IRB logo depois da copa decidiu que deve haver um esforço internacional pra incluir os Pumas em alguma calendário, para que continuem desenvolvendo o rugby. Tomara que aconteça logo, por que isso pode trazer cobertura da mídia brasileira, apoio de patrocinadores, etc... Outra coisa decidida nessa reunião foi manter 20 seleções da Copa do Mundo e não diminuir para 16 como era a idéia. As atuações de Portugal, Geórgia, EUA, Romênia, Fiji, entre outros fizeram os cartolas do rugby repensarem. E perceberam que além do espetáculo, essas atuações demonstram como alguns países são um ótimo mercado para o esporte.

E a principal promessa de ano novo, em agradecimento e homenagem àqueles que leram, comentaram, pediram, linkaram e recomendaram, é colocar esse blog pra frente, com atualizações, no mínimo, semanais. Infelizmente o projeto de layout novo vai ficar para daqui a algum tempo. Mas o filé vai continuar aqui!

PS: Na ESPN Brasil, à 00:15, hoje, dia 30/12, vai passar a reprise de um surpreendentemente bom jogo da Copa: a disputa do terceiro lugar, entre Argentina e os donos da casa, França. Surpreendente porque os dois times estavam muito decepcionados com as semi-finais, e parecia que tinham entregado os pontos.
Na hora da virada vai passar a final. E dadas as circunstâncias, deixe a TV ligada pra dar audiência, mas vá ver os fogos, e fazer tudo que se faz no ano novo...

Obrigado novamente aos leitores e, às vezes sem saber, colaboradores. Israel, Chris, Timmy, Lari (documentário saindo em breve!), Leandro, Mell, e o português FJV!

E muito rugby para todos nós em 2008, porque só ele salva!

domingo, 9 de setembro de 2007

TMO? Mais uma sigla?

Vou explicar quem é o TMO para não precisar repetir.

Quando acontece um lance em que o juiz principal não tem certeza se pode marcar um try ou se houve alguma irregularidade, ele pode pedir ao juiz de televisão (TMO) para analisar o material filmado, tirando assim qualquer dúvida. Ainda assim há lances em que são poucos que concordam com a decisão do TMO e do juiz, como já comentamos anteriormente.

All Blacks supera Azzura

Sitiveni Sivivatu marca um de seus dois tries contra a Itália



Como esperado, os neozelandeses deram um sacode na Itália. Até aí nenhuma surpresa, os76 pondos dos homens de preto foram justos e, no mínimo, esperados. McCaw, o asa considerado melhor jogador do ano de 2006, marcou 2 tries logo nos primeiros 10 minutos. Convertidos pelo abertura Dan Carter que, além de ser um colírio para as meninas, foi considerado o melhor jogador do ano em 2005. Entre outros astros, artilheiros e, sem dúvidas, grandes jogadores em uma grande equipe, uma aula de rugby: mauls longos e compridos, bem dirigidos, rucks eficientes, inversões de posse, passes e chutes precisos. Dos 11 tries, 3 foram do ponta Doug Howlett, que igualou o recorde de 46 tries pelos All Blacks que era é do lendário Christian Cullen.

Uma coisa que não estava nos planos de ninguém eram os dois tries Italianos. No final do primeiro tempo, depois de lutar bastante para segurar os kiwis e ficar durante um bom tempo tentando avançar dentro dos 22 metros adversários (o que levou o público a delírio), o ponta italiano Marko Stanojevic intercepta um passe e corre 60 metros para fazer o try de honra do primeiro tempo. No segundo tempo, que começou em 43 X 7, os All Blacks fizeram um par de tries com Howlett, outro par de tries de Jerry Collins, o segunda linha de cabelo amarelo e um com Chris Jack, o outro segunda-linha. Então aos 70 minutos Bergamasco faz mais um para salvar a pátria, penal convertido, o placar ficou em 76 X 14. Mesmo depois de um try confuso dos italianos ser anulado sob vaia para o TMO (Television Match Official- Juiz de televisão). “Foi uma excelente experiência para todos nós e nos mostrou o que temos que fazer para melhorar nosso jogo”, disse o técnico italiano. Ele comentou sobre a pressão do mito negro que ronda os kiwis: “Ficou claro que nosso jogo era muito passivo.. obviamente tinha algo errado ali”, “o começo da partida foi muito difícil, é claro que houve um descontrole mental”

Se com um time com história recente os All Blacks permitiram 2 tries imaginem contra outra equipe mais preparada?

Nova Zelândia: 5 pontos
Itália: 0 pontos

Soy un Puma!

Corleto comemora o try argentino

Seleção argentina faz história e vence o jogo de abertura contra os anfitriões franceses. É a segunda vez que isso acontece na história das Copas. Vencendo por 17 X 12, os argentinos começaram a derrubar o favoritismo dos “Bleus”.

A última sexta-feira foi de festa em Buenos Aires. Com um try do rápido full back Ignacio Corleto e quatro conversões de Felipe Contepomi ainda no primeiro tempo de jogo os representantes sul-americanos dominaram uma França nervosa que cometeu muitos erros. A pressão sobre o time da casa foi grande demais, até o Presidente francês Nicolas Sarkozy disse que espera o titulo da equipe. As conversões do abertura francês David Skrela não foram suficientes para acalmar seu companheiros de equipe, até porque alguns chutes foram desperdiçados no segundo tempo.

O forte pack argentino jogou um balde de água fria nos Bleus (ou Frogs) pois nenhum time campeão perdeu algum jogo na etapa classificatória. "Quando voce começa uma Copa do Mundo e é imperante vencer a partida e você perde, só uma coisa pode ser dita: o céu está caindo sobre sua cabeça.", disse o desapontado técnico francês Bernard Laporte. Assustados com o ímpeto que os hermanos demonstraram desde o apito inicial, os franceses perderam sua tradicional precisão e cometeram algumas penalidades que custaram pontos valiosos.

Com grande experiência em campos franceses, um dos destaques da seleção argentina foi o capitão Agustín Pichot (meio-scrum), que foi campeão francês esse ano jogando pelo Sade-Francais, um clube parisiense. No mesmo clube jogam também o full back Corleto, autor do try argentino, o abertura Juan Martín Hernández e o pilar Pedro Ledesma. Um dos colegas franceses de time é o já mencionado Skrela.

Fiquem de olho na pontuação!
Argentina: 4 pontos
França: 1 ponto

Google comemora a Copa

No último dia 7, dia da abertura da competição, o Google França e o Google Argentina apareceram com esse "Doodle". O desenho em homenagem ao início da Copa do Mundo de Rugby tinha uma pequena diferença na cor dos uniformes do site francês e do argentino, que foram as seleções que realizaram o primeiro jogo. O resultado dessa partida segue no próximo post.

Comentário introdutório para os jogos da rodada.

Com poucos resultados inesperados, mas com atuações surpreendentes,o primeiro fim de semana da Copa do Mundo de Rugby mostrou que a briga pela classificação será dura.

As muitas zebras, ou times do segundo e terceiro escalão, estão ameaçando as coroas. É fácil de supor que os All Black fariam 76 pontos, mas não que tomariam 2 tries, sem contar o que não valeu. O mesmo para Gales, que subestimou os canadenses e poupou alguns jogadores experientes e acabou passando por maus bocados durante todo o primeiro tempo. Portugal mostrou a força que jogadores amadores podem ter e deram um espetáculo de garra. O mesmo vale para a Namíbia, que mostrou porque a chave D é chamada de Grupo da Morte: se já tinha favoritos como França, Irlanda e a forte Argentina, mostrou que os “pequenos” também assustam.

Quem sobe e quem desce na tabela da Copa

Esse ano as contas vão ser na ponta do lápis uma vez que o sistema de pontuação tem algumas peculiaridades, que deixam a Copa ainda mais disputada.

Vitória: 4 pontos.
Empate: 2 pontos.
4 ou mais tries: 1 ponto bônus.
derrota por 7 pontos ou menos: 1 ponto bônus.

Esses pontos servem para a colocação nas chaves, em caso de empate os critérios de desempate são os seguintes:

1. O vencedor da partida em que os empatados jogaram um contra o outro;
2. O time que tem a melhor diferença entre pontos pró e pontos contra, saldo de pontos;
3. O time que tem a melhor diferença de tries marcados e tries contra, saldo de tries;
4. O time que mais marcou pontos nos jogos da chave;
5. O time que mais marcou tries nos jogos da chave;
6. Caso ainda não tenha sido desfeito o empate o critério será o Ranking Mundial Oficial do IRB segundo o update de 1º de outubro de 2007.

Dos 5 times em cada chave, apenas o primeiro e segundo se classificam para as quartas de final, mas o terceiro se classifica automaticamente para a próxima Copa, em 2011. Então os times de segundo escalão, que deram trabalho nesse fim de semana vão continuar se empenhando atrás dos pontos bônus.

Agora é ver os resultados, anotar e calcular.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Joe Rokocoko não joga contra Itália


Famoso ponta dos All Blacks fica no banco. Quem entra em seu lugar é Doug Howlett, que fará companhia a Sitiveni Sivivatu e Mils Muliaina na linha de fundo. Outra surpresa é Anton Oliver, o "tradicional" hooker, que também fica de fora, dando lugar para Keven Mealamu.

Luke McAlister e Conrad Smith (no lugar de Isaia Toeava) são a dupla de centros e Daniel Carter e Biron Kelleher começam como abertura e meio-scrum respectivamente. Tony Woodcock, Meleamu, e Carl Hayman na primeira linha, Chris Jack e Ali Williams segunda linha, Richie McCaw e Rodney So'oialo serão os asas e Jerry Collins completa o pack como o oitavo dos favoritos para a competição.

Contundidos se recuperam, mas há novos cortes.

Recuperados voltam a treinar e dão esperanças.


O´Driscoll, o tão falado centro irlandês pode jogar a primeira partida de seu time contra a Namíbia no domingo dia 9. Eddie O´Sullivan disse que o jogador do Leinster participou do treino inteiro e que sua recuperação está melhor que a prevista.
Quem ainda não se recuperou no time é Shane Horgan, que fez algum exercícios de aquecimento mas é esperado apenas para o segundo jogo, contra a Geórgia.



O australiano Stirling Mortlock preocupou, sentindo dores nas costas que o afastaram de seções de treino, mas o jogador de 30 anos está escalado e estará em campo dividindo o centro com Matt Giteau no time do técnico John Connolly.



O abertura galês Stephen Jones, que perdeu os últimos três jogos de aquecimento está recuperado de uma contusão na virinha e quer jogar. "Estou com coçeira de vontade de voltar. É maravilhoso. Gostei muito de voltar para o campo ao invés de ficar na academia, é maravilhoso estar de votla com os garotos."




Wilkinson fica fora do primeiro jogo.



A maldição sobre o abertura inglês torceu seu tornozelo direito em treino na terça-feira. Segundo o técnico inglês Brian Ashton, o jogador passou por ressonância ainda ontem. O resultado mostrou que não ocorreu fratura, mas um ligamento do tornozelo direito sofreu torção. Simon Moyes, do The Wellington Hospital in London, disse que a previsão para recuperação é de três semanas, mas o normal seria uma recuperação em seis. por tratamento intensivo e só teremos atualizAgora passará feira, quando será anunciado o time que jogará contra a África doações sobre sua recuperação na próxima terça Sul.

Depois da famosa vitória sobre a Austrália na final da última Copa, Wilkinson ficou 3 anos sem vestir a camisa inglesa, tendo contundido o pescoço, ombro, biceps, ligamentos de joelho e rins.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Com dificuldade, Irlanda passa por italianos e frustra torcida.

Autor do contestado try, O'Gara chuta durante jogo.


Com algumas baixas por contusões, como é o caso do talismã irlandês Brian O'Driscoll, o time de verde só venceu o jogo do último dia 24 de agosto por conta de um try que não aconteceu de fato. Um forward-pass e um knock-on não foram suficientes para que o try fosse anulado e a decisão do “juiz de televisão” venceu a partida para os irlandeses: 20 X 16 aos 85 minutos de jogo.

Belfast, cidade do clube irlandês Ulster vai querer outro jogo da seleção por lá, porque esse não convenceu. O lotado estádio de Havenhill esperava desde 1954 para um jogo do time nacional e vai continuar esperando para ver um bom jogo.

O full-back italiano David Bortolussi tenta um ambicioso chute e converte um belo drop-goal e deixa a partida empatada em 3 iguais aos 21 minutos de jogo, seguidos por um try convertido do lado Irlandês. Fechando o primeiro tempo com 3 pontos de vantagem após o try de Troncon, a Itália mostrou que não é qualquer time e defendeu bravamente suas cores. A Azzura jogou com um time experimental e mesmo assim sua defesa frustrou as jogadas verdinhas.

Peter Stringer se recuperou de uma lesão nas costas e começou o jogo ao lado de O'Gara pela 50ª vez –,ficando atrás apenas da dupla de half-backs australianos George Gregan e Steven Larkham. Mas foram os erros da estrela O’Gara que deram oportunidade aos adversários de pontuar, mas cumpre seu papel, pontuando um try, um drop-goal, duas conversões e dois penais.

O segundo tempo foi dominado pelos italianos que aos 84 minutos, já dentro dos acréscimos, marcaram um também duvidoso try convertido, deixando a partida em 20 X 16. Apesar da quase certa e merecida vitória italiana, segundos depois deu-se o fatídico try de Ronan O’Gara:



Qual a sua opinião, caro leitor? Try? Knock-on? Só não vale xingar o juiz, porque no rugby não pode.

Sobre a partida o técnico da Irlanda Eddie O'Sullivan disse: "Foi o despertador precisávamos porque jogamos contra um time ótimo da Itália. É fácil dizer agora, mas e de queles jogaram muito bem e merecem muitos créditos.” “Eles não vieram aqui pelos números. Vierma com um plano de jogo e executaram muito bem. Nós entramos numa “briga de cachorro” com eles, que é um jeito difícil de derrotá-los.”

Façam suas apostas!

Stransky chuta o drop campeão mundial de 1995


O comentário de Guilherme 2 posts atrás dizendo que apostaria na África do Sul não ficou sozinho. Parece que tem gente entendida no assunto que concorda com ele: Joel Stransky, autor do drop-kick que deu o título aos Springboks em 1995. O jogador sul-africano disse que se fosse de apostar, colocaria dinheiro na África do Sul, tamanha a sua confiança.

Comparando com a equipe atual com a campeã, ele diz: “eles são um time completo nesse instante- há uma boa mistura de juventude e experiência na esquadra, bem parecido com o que tínhamos em 1995.”

Tanto nos jogos de aquecimento, contra a Escócia, Namíbia e o clube Connacht, quanto no home-series contra uma fraca Inglaterra, os homens de Jake White foram convincentes, mesmo ficando em último lugar no Tri-Nations, com apenas uma vitória.

Stransky disse ainda que viu o suficiente dos compatriotas para afirmar que colocarão um bom desafio para seus oponentes, mas não nega que haja uma falta de criatividade entre os jogadores da linha.

“A forma com que jogaram contra a Escócia no fim de semana passado foi realmente impressionante,” comentou. “Por vinte minutos jogaram um rugby campeão mundial e mostraram o quão invencíveis e imbatíveis podem ser”, acrescentou o abertura sul-africano, mostrando como acredita que os Boks podem arrancar o favoritismo dos neozelandeses.

E você, quem é o seu favorito?

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Grande perda para o Japão


Recordista em tries em jogos internacionais, o japonês Daisuke Ohata vai ficar de fora da Copa. Na vitória do Japão sobre Portugal (15 X 13) no último sábado ele sofreu uma lesão no tendão de aquiles esquerdo. O jogador que havia se recuperado de cirurgia no tendão do pé direito duas semanas atrás, quando foi convocado, bateu o recorde do lendário australiano David Campese em maio de 2006 ao marcar seu sexagésimo quinto try.

Sul-africanos mostram o poder que ficou escondido no Tri Nations.

Brian Habana faz o primeiro try sul-africano.

Também na rodada do último fim de semana os escoceses foram atropelados pelos Springboks. 3 tries convertidos e 2 penais contra um penal criaram o resultado de 27 X 03. Mesmo tendo começado vencendo a Escócia não pôde conter o time do hemisfério sul, que marcou seus pontos no primeiro tempo exceto por um penal . Os escoceses conseguiram mais posse de bola no segundo tempo, mas tiveram dificuldade de furar a forte defesa sul-africana.

O jogo foi palco de mais uma séria contusão na reta final. O jogador Dave Callam da seleção escocesa se envolveu em um choque e sofreu uma contusão que os médicos chamaram de "incomum e complexa". O oitavo de 24 anos foi atingido na área imediatamente abaixo do olho direito,e teve a visão embaçada em seguida.

Ainda assim Frank Hadden, técnico da Escócia, disse que valeu a pena não ter jogado mais do que duas partidas de aquecimento, evitando assim jogadores contundidos. Sobre a derrota ele disse: "A Africa do Sul jogou 10 partidas no período pré-torneio, então estão muito mais afiados do que nós.". "Eles defenderam fantasticamente bem e, em um jogo com poucas chances, foram decisivos.",completou.

Os Springboks foram muito criticados por deixar de lado o time principal perder alguns jogos importantes no Tri Nations, mas Jake White agora colhe os frutos dessa aposta. Se o “time B” jogou com paixão e garra, o time titular pode contar com os 30 convocados. Ressalta ainda a importância da defesa: “Copas do Mundo são ganhas na defesa. Os românticos dizem que será vencido ao ser aventuroso no ataque, mas se olharmos para a história das finais de Copa acredito que veremos um par de tries em 2003 e nenhum em 1995.” Disse também que esse quesito é um dos orgulhos sul-africanos: “Se você for a qualquer jogo de escola uma coisa da qual nos orgulhamos é o modo que tackleamos e como defendemos.”

Rodada de 26 de agosto: França derrota Gales por 34 X 7.


Capitaneados por Serge Betsen (foto) do Biarritz Olympique que foi considerado o coração dos Bleus, os franceses confirmaram o favoritismo para a Copa. No último jogo de preparação para a competição a França venceu o País de Gales com tries de Jerome Thion, Pierre Mignoni, Aurelien Rougerie e Sebastien Bruno, enquanto os britânicos pontuaram apenas um try com James Hook. Mesmo criando algumas oportunidades, os galeses não conseguiram passar pela organizada defesa francesa.

Depois de uma derrota recorde para a Inglaterra(62X05), os galeses conseguiram uma contestada vitória sobre os Pumas argentinos(27X20) e mostraram boa evolução para esse jogo contra a França. Agora procuram aprender as lições do último jogo e da campanha que precedeu a Copa e terão 2 semanas de treino e descanso para a adaptação do time e recuperação dos contundidos. Entre eles está o capitão Gareth Thomas, que levou 20 pontos em 3 cortes no rosto por causa de uma trombada, mas não é uma preocupação e jogará todos os jogos da Copa.

Gareth Jenkins, o técnico galês disse que a equipe tem chances de passar para as quartas de final. "A diferença hoje não esteve no modo como jogamos, mas na habilidade de sermos clínicos no processo de finalização" disse Jenkins, que afirma ter tempo suficiente para preparar a equipe para o jogo contra o Canadá dia 9 de setembro pela chave B.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O'Driscoll, o vídeo!

Como já comentado, o soco que tirou Brian O'Driscoll do primeiro jogo da copa.


O time da Irlanda veste uniforme azul uma vez que o jogo não é uma partida oficial, apenas um amistoso.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Weepu fica de fora de duas rodadas da Air NZ Cup


Weepu fica de fora de duas rodadas da Air NZ Cup.

O scrum-half neozelandes sofreu a contusão no último jogo do Wellington. Na derrota de 41X23 para Canterbury no útimo sábado, o jogador teve problemas no tornozelo. Piri Weepu ficará de molho no jogo contra o Tasman no próximo fim de semana e possivelmente contra o Counties-Manukau.


Weepu foi pego de surpresa, assim como grande parte da mídia e dos fãs de vetado na escalação dos All Blacks para a Copa. O cinco-oitavos jogou 21 partidas pe rugby ao serlo time nacional e anotou 4 tries. Além, é claro, de representar muito no Haka!

Brian O´Driscoll sofre grave fratura no rosto.

No último dia 16, o centro irlandês levou um soco e teve fratura do sinus e uma laceração sob o olho direito. O jogo de aquecimento da seleção da Irlanda contra o clube françês Bayonne, que terminou em 42 X 6, a Irlanda não teve dificuldades em vencer o jogo mas sentiu muita violência dos adversários. O´Driscoll terá que esperar de 3 a 4 demanas de recuperação, perdendo, assim, o warm-up contra a Itália dia e o primeiro jogo da Copa contra a Namíbia.

O "agressor" Mikaera Tewhata foi suspenso pela sua equipe por 2 jogos e aquarda julgamento da FFR- Federação Francesa de Rugby para poder voltar aos campos. O segunda linha do Bayonne disse que sentia muito e que gostaria de se desculpar pessoalmente. "I want to offer a heartfelt apology. I'd like to see him face to face, shake hands and make peace" disse o neozelandês. Em seis anos Tewhata tomou dois cartôes amarelos por faltas técnicas e se sentiu muito mal pela agressão.

A falta de sorte de O´Driscoll não vem de agora, o capitão irlandêsteve o ombro deslocado nos primeiros 90 segundos do primeiro jogo dos British and Irish Lions em 2005 na Tour neozelandesa. O jogador de 28 anos havia sido nomeado capitão também daquele time.


Para quem não conhece e quer saber do que esse ídolo é capaz:

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Rapidinhas atrasadas

No fim de semana retrasado, aconteceram alguns episódios que merecem ser contados rapidamente:

Foi a segunda rodada de warm-up tests, os jogos que aquecem as seleções para a Copa do Mundo em setembro. Na primeira rodada, a Inglaterra atropelou o País de Gales por 62 X 5. Jogos importantes aconteceram naquela semana.

Um deles foi em 11/8, quando ocorreu o primeiro jogo entre França e a superconfiante Inglaterra, saída da vitória recorde contra Gales. Mesmo usando o primeiro escalão, os ingleses não seguraram os anfitriões da Copa. Perdendo por 21 X 15, os atuais campeões tiveram sua última chance de provar alguma coisa para o técnico Brian Ashton. O time para a Copa do Mundo foi anunciado na segunda-feira seguinte ao jogo. Mesmo com o bom jogo e um dominante primeiro tempo por parte dos ingleses, o resultado foi surpreendente.




No mesmo dia, Escócia e Irlanda se enfrentaram e criaram mais um resultado surpreendente. Nesse enfrentamento, o time de azul levou a melhor jogando muito com os forwards e criaram todo tipo de problemas para os irlandeses no primeiro tempo. O scrum-half escocês, Chris Cusiter, teve de deixar o campo com dores no tornozelo. Apesar de ter sido convocado para a Copa, não se sentiu melhor com a contusão. O jogador provavelmente jogará o primeiro jogo do time contra Portugal.




Por último, mas não menos importante, uma notícia fundamental na rodada do Air New Zealand Cup. Um dos jogadores mais famosos do mundo fez seu jogo de despedida: Tana Umaga.


O jogador neozelandês fez seu centésimo jogo com a camisa do Wellington, o clube provinciano onde ele começou sua carreira como jogador de rugby union.

Longe dos All Blacks desde 2005, depois de oito anos, e longe dos Hurricanes (clube do Super 14) desde maio deste ano, aos 34 anos, ele se aposenta dos campos, mas não do rugby. Umaga é agora técnico do Toulon, clube da segunda divisão francesa, time no qual chegou a jogar no ano passado.

domingo, 12 de agosto de 2007

Honiss repreendido pelo IRB

O juiz de test da Nova Zelândia Paul Honiss foi repreendido pelo Internacional Rugby Board (IRB) por incentivar jogadores a falar mais com o juiz e questionar suas decisões.
Isto vai claramente de encontro à política do IRB, disse a organização em um pronunciamento no dia 30 de julho.




Honiss é um membro do corpo de 12 juízes de test IRB.

Ele disse a uma estação de rádio na semana passada que os jogadores da Nova Zelândia eram os menos “faladores” em campo e que incentivou jogadores a questionar mais o juiz.

“No último novembro, o IRB anunciou que os árbitros aplicariam uma política de tolerância-zero no que diz respeito a jogadores que disputam decisões dentro de campo,” disse o IRB em comunicado.

O IRB disse que desencoraja uma tendência crescente de jogadores que continuamente questionam e disputam decisões do juiz.

“Os comentários de Paul Honiss que incentivam jogadores a se dirigirem mais ao referee foram fora da linha. Ele foi reprimido pelo gerente de juízes do IRB (seu companheiro neozelandês Paddy O'Brien) e foi avisado de que tais ações não serão toleradas caso continuem. Honiss foi lembrado sobre suas responsabilidades enquanto test referee e aceitou que suas ações eram contrárias à política do IRB. O caso está encerrado agora”, disse o chefe executivo do IRB Mike Miller.

Enquanto isso, O'Brien disse que o IRB não continuará a promover reuniões de pré-jogo entre técnicos e juízes durante o Copa do Mundo.

“A intenção é remover as influências externas desnecessárias em árbitros e permitir que apitem o que vêem na frente deles sem nenhuma idéia preconcebida. Haverá uma instrução pré-campeonato com todos os técnicos das seleções e os referees e será só isso antes do campeonato”, disse O'Brien.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Uma Copa do Mundo amiga do planeta.


O Comitê Organizador da Copa do Mundo de Rugby de 2007 e o ADEME (Agência Francesa Gestora do Ambiente e da Energia) apresentaram conjuntamente seu plano para reduzir o impacto ambiental do terceiro maior evento esportivo do mundo.

Às margens do rio Sena, em um barco especialmente atracado para essa ocasião, os jornalistas, sócios e os representantes institucionais se juntaram para uma conferência de imprensa que formalizou a colaboração entre ADEME e Comitê Organizador.

“Um maravilhoso vetor de comunicação”

Michèle Pappalardo, o primeiro a falar, enfatizou a oportunidade que a organização da Copa do Mundo de Rugby terá para informar o público em geral. “Os grandes eventos esportivos podem ter um impacto sério no meio ambiente, mas são também um maravilhoso vetor de comunicação e educação para um número substancial de espectadores muito diferentes.”

Além dos prejuízos ambientais inerentes a um evento deste tamanho (46 mil toneladas de CO2 geradas apenas pela organização do torneio, 84% de todas as emissões de gás causadores do efeito estufa estão sendo produzidas por viagens), Michèle Pappalardo destacou as soluções postas em prática pelo ADEME e pelo Comitê Organizador para reduzir esses impactos ambientais: os estudos de praticabilidade com o EDF (companhia de energia européia) para a instalação de painéis solares, uso de dispositivos fotovoltáicos (sensíveis à luz solar) ligados a uma rede, diversos incentivos para usar o transporte público em vez de veículos individuais, separando o lixo (cestos separados para o lixo), a distribuição de produtos de comércio justo (fair trade, socialmente responsáveis) nos estádios, etc.

Bernard Lapasset continuou neste mesmo tema lembrando as medidas realizadas pela União Francesa de Rugby, tal como a instalação de painéis solares no Centro Nacional de Rugby em Marcoussis ou a nomeação do ex-jogador internacional Jean-François Tordo como um embaixador cujo papel é ensinar crianças sobre como respeitar o planeta. Esta missão até está indo uma etapa além, contando uma história chamada “Terra Oval” em mais de mil escolas francesas.

Jogadores mostram como se faz

Etienne Thobois, Principal Oficial Executiva do Comitê Organizador, listou então ações da sua equipe em prol do meio ambiente. Quanto ao transporte, o Comitê Organizador optou por usar apenas trens para viagens domésticas na França (transporte dos jogadores e de delegações). Os veículos Peugeot que transportarão convidados oficiais da Copa do Mundo funcionarão com Diester 30% (biocombustível) na região de Paris. A escolha por papel e de tintas de pigmentos vegetais ilustra também esta mentalidade ecológica. Estas medidas provam o compromisso do comitê organizando em respeitar e proteger o ambiente.


Joël Quandcard, deputado de Bordeaux (cidade anfitriã da Copa do Mundo de Rugby de 2007), disse que as principais áreas em que prestar atenção não eram somente dentro dos estádios, mas também fora deles. “Os Comitês Locais de Coordenação atuarão com um papel principal nisso”, ele continua, “mas nós estamos olhando de frente este desafio”. É também importante notar o envolvimento de celebridades do Rugby como Olivier Brouzet, o ex-segunda linha da equipe francesa de Rugby, que estava na conferência. Ele disse: “o meio ambiente é o maior desafio deste século, assim nós precisamos ensinar a nossas crianças como respeitá-lo a fim de conservá-lo”. Haverá também um “passaporte para o ecofã”, patrocinado por Raphaël Ibanez (capitão da equipe francesa do Rugby) que diz a cidadãos sobre coisas simples que podem fazer para ajudar ao meio ambiente, junto com uma série de pôsteres engraçados dos jogadores do Rugby que pedem aos espectadores que sigam seu exemplo em sua vida diária. O ADEME, o Comitê Organizador e as Cidades Anfitriãs estarão incumbidos de providenciar e divulgar os pôsteres.

traduzido de www.france2007.org

terça-feira, 3 de julho de 2007

Cada polegada

O vídeo:





A legenda:

You know, when you get old in life, things get taken from you.
That's just part of life.

You only learn that though when you start to loose those things. Is when you find out that life's a game of inches.

As is rugby, because in either game, life or rugby, the margin for error is so small. I mean, a half step too late, or too early and you don't quite make it. One half second too slow, or too fast, and you don't quite catch it.

The inches we need are everywhere around us. There, in every break of the game. Every minute, every second.

In this game we fight for that inch. In this game we tear ourselves and everyone else around us to pieces for that inch. We claw with our fingernails for that inch.

Because we know that when we add up all those inches is gonna make the difference between winning and loosing, between living and dying.

And I tell you this: in any fight is a man who is willing to die who's gonna win that inch! And I know if I gonna have any life anymore is because I'm still willing to fight and die for that inch! Because that's what living is. This 6 inches in front of your face.

You've got to look at that man next to you, look into his eyes, now I think you gonna see a man who will go that inch with you. You gonna see a man who will sacrifice himself for the team, because he knows that, when it comes down to it, you gonna do the same for him. That's the definition of a team.

And either we play as a team, or we will die as individuals.

That's rugby my friend, that's the Heineken Cup.


A tradução:

Sabe, quando você fica velho, coisas começam a ser tomadas de você. Isso é só parte da vida.

Você aprende somente quando começa a perder as coisas. É quando você percebe que a vida é um jogo de polegadas.

Assim como o rugby, porque em ambos os jogos: na vida ou no rugby, a margem para erro é tão, tão pequena. Digo, um meio passo tarde demais, ou cedo demais e você QUASE faz. Um meio segundo lento demais, ou rápido demais, e você QUASE pega.

As polegadas de que nós precisamos estão em toda parte em torno de nós. Lá, em cada parte do jogo. Cada minuto, cada segundo.

Neste jogo nós lutamos por essa polegada. Neste jogo nós rasgamos a nós e a todos em torno de nós aos pedaços por essa polegada. Nós agarramos com nossas unhas por essa polegada.

Porque nós sabemos que quando juntarmos todas essas polegadas elas vão fazer a diferença entre ganhar e perder, entre viver e morrer.

E eu te digo isso: em toda a luta é um homem que está disposto a morrer que vai ganhar essa polegada! E eu sei, se eu vou viver mais um dia, é porque eu quero ainda lutar e morrer por essa polegada! Porque isso é o que viver é. Estas 6 polegadas na frente da sua cara.

Você tem que olhar esse homem ao seu lado, olhar em seus olhos. Agora eu imagino que você vai ver um homem que vai atrás dessa polegada com você. Você vai ver um homem que se sacrificaria pelo time, porque sabe que, quando chegar a hora, você vai fazer o mesmo por ele. Essa é a definição de um time.

E, ou nós jogamos como um time, ou nós morreremos como indivíduos.

Isso é rugby meu amigo, isso é o Heineken Cup.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Rugby Sevens 2007

O IRB Sevens World Series 2006-2007 começou dia 30 de novembro e terminou dia 3 de junho. A penúltima etapa do maior campeonato de rugby sevens foi transmitida no Brasil apenas no último fim de semana, ou seja, três semanas depois do evento e duas depois da etapa final. É uma pena ver que o esporte ainda não tem o espaço merecido nem nas TVs por assinatura, mas de qualquer forma é melhor do que nada.

A etapa transmitida pela Band Sports no sábado e reprisada no domingo mostrou a Nova Zelândia levantar a taça. O jogo realizado em Londres contra os favoritos da seleção de Fiji terminou em 29 a 7. Ainda assim, Fiji contava com uma vantagem de 10 pontos sobre os All Blacks, que alcançaram 110 pontos com as vitórias em terras inglesas.

A etapa seguinte, que possivelmente passará no Band Sports em breve, aconteceu em Edimburgo, Escócia. No segundo dia da competição, Fiji já se sagraria campeão caso ganhasse mais um jogo, mas teve uma derrota para Gales nas quartas de final, abrindo caminho para a equipe kiwi recuperar o campeonato.

Na final contra Samoa, os neozelandeses levaram a melhor e ficaram 2 pontos à frente de Fiji. Com placar de 34 a 5, os All Blacks ganharam a coroa pela sétima vez, todas comandados pelo técnico Gordon Tietjens.


Quem ganhou cada etapa:

Dubai, Emirados Árabes (Dubai Exiles Rugby Ground): 1-2/12/2006 - África do Sul
George, África do Sul (Outeniqua Park, George): 8-9/12/2006 - Nova Zelândia
Wellington, Nova Zelândia (Westpac Stadium, Wellington): 2-3/2/2007 - Samoa
San Diego, EUA (PETCO Park, San Diego, California): 10-11/2/2007 - Fiji
Hong Kong, China (Hong Kong Stadium): 30/3-1/4/2007 - Samoa
Adelaide, Austrália (Adelaide Oval, Adelaide): 7-8/4/2007 - Fiji
Londres, Inglaterra (Twickenham): 26-27/5/2007 - Nova Zelândia
Edimburgo, Escócia (Murrayfield, Edimburgo): 2-3/6/2007 - Nova Zelândia


Quem ganhou as outras edições:

2000 - Nova Zelândia
2001 - Nova Zelândia
2002 - Nova Zelândia
2003 - Nova Zelândia
2004 - Nova Zelândia
2005 - Nova Zelândia
2006 - Fiji
2007 - Nova Zelândia


O rugby sevens é a modalidade em que jogam sete jogadores de cada lado. A maneira de jogar e as regras têm diferenças muito pontuais, quase irrelevantes para leigos como eu. Quem sabe um dia eu aprenda todas as regras. As dimensões do campo são as mesmas, o que exige muito mais velocidade e habilidade dos jogadores. Imaginem dois times de futebol de salão jogando uma partida de futebol de campo. O sevens é mais ou menos isso!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Cásper Sevens

Esse é o RUGBY!

Time da Cásper vence uma partida, domina o terceiro tempo e se consolida entre as equipes universitárias em torneio realizado no dia 19.


Desde o começo, os RUGBY REDS tiveram problemas com o 1º Campeonato Universitário de Rugby Seven´Side. A modalidade exige 7 jogadores em campo e mais 3 reservas, só conseguimos 9. Ainda assim, conseguimos nos inscrever. Já no sábado de manhã, com muita chuva e frio, recebemos a notícia de que 3 jogadores não poderiam mais participar: Israel contundido, Cazuza trabalhando e Danico desaparecido, além de Caio e Bruno Roma que também estavam fora por contusões. Com um atraso de uma hora e meia, conseguimos que o guerreiro Israel esquentasse os joelhos e fosse conosco.

No Clube Paraíso Verde, em São Roque, os jogadores se trocaram e se aqueceram para entrar em campo contra a equipe Jedis, veteranos da FEA. Começamos com Batman e Korejah (pilares), Leandrito (hooker), Chris Baines (scrum half), Israel (abertura), Rafael Telefone (centro) e Johnnie (ponta). Contamos também com a ajuda de um jogador do time da UNIP, que entrou no segundo tempo como ponta para a saída de Telefone, passando Johnnie para centro. A experiência dos jogadores Jedis prevaleceu, não só nesse jogo, e a equipe feana ficou em terceira na colocação geral.

A derrota e a chuva não conseguiram esfriar os ânimos casperianos, que saíram de campo com a cabeça erguida, e, após o almoço fornecido pela organização e muitas risadas, voltaram a campo para enfrentar outro time, também dos donos da casa. Dessa vez, a história foi diferente, Telefone entrou como scrum half, Chris como abertura e Israel como centro. Essa foi a escalação do time vitorioso que anotou 2 tries e uma conversão. No início do jogo, levamos um rápido try não convertido do FEA 2, nos despertando para o jogo. Em seguida, Chris correu para o fundo e colocou a bola no chão, fazendo nosso primeiro try. No segundo tempo, saiu mais um try, dessa vez foi convertido com um belo drop-kick pelo hooker Leandrito.

A vitória histórica fez com que nosso time entrasse em campo confiante contra a Farma-USP, atual campeã da FUPE e da Inter-USP. Seguramos bem o ritmo do jogo e nos divertimos bastante. Mas não teve como segurar o time que viria se sagrar campeão do torneio.

O torneio em comemoração aos 10 anos de FEA Rugby não deixou nada a desejar. Bom campo, boa organização, boa comida e principalmente boa cerveja para regar os jogadores no tradicional “terceiro tempo”, obrigatório em todas as partidas de rugby. Se contasse pontos para a classificação geral, certamente o escrete casperiano estaria em primeiro lugar. Muita cerveja, muita cantoria do rugby e alguns prêmios depois, chegou o DJ Kibe, a.k.a. Marcinho Cabelêra, o mesmo que esteve em JUCAs passados e agitará o exército vermelho em Registro este ano.


Ao som de Homem Grito e Sérgio Mallandro, o time rubro mostrou como bons jogadores se comportam: mal. Esperamos poder proporcionar um evento como esse em nossos 10 anos também. Parabéns para a Cásper, parabéns para a FEA, e para todas as outras faculdades presentes no evento.


Try: forma de pontuar do rugby em que o jogador coloca a bola após a linha de fundo adversária (try line). Vale 5 pontos.

Conversão: chute por entre os postes em H, realizado após um try. Vale 2 pontos

Drop-kick: chute em que a bola toca o chão antes de ser atingida pelo pé do jogador.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Para começar:

Um pouco de História!

A lenda mais aceita para o surgimento do esporte é a de que William Webb Ellis, um estudante inglês, tenha tomado a bola com as mãos e corrido até a linha de fundo em um jogo de futebol. Isso foi em 1823, quando nem o futebol tinha suas regras claras de verdade. O aluno da Rugby School (também nome da cidade) foi perseguido pelos seus colegas que tentavam derrubá-lo. Há indícios, porém, de que a bola havia sido carregada com as mãos em outras partidas antes de Webb Ellis.

Pode ser que ele não tenha sido o primeiro a carregar a bola, mas, ao que tudo indica, o "football", tal qual era jogado na cidade e escola de Rugby, não permitia que aquele que segurasse a bola corresse em direção ao lado oposto e Webb Ellis fez exatamente isso, criando assim o que passou a ser chamado de Rugby Football Union alguns anos mais tarde. Lembrem-se que nesse tempo ainda não estavam divididos os vários tipos de "football" que surgiram posteriormente, como o Football Association, que é o futebol que todos nós brasileiros jogamos.

Apesar das discordâncias, essa foi a história que ficou. Tanto ficou que o nome da taça entregue ao campeões do mundo se chama "William Webb Ellis Trophy". A Copa do Mundo de Rugby, que acontece de quatro em quatro anos, tem a terceira maior audiência mundial em eventos esportivos, ficando quase empatado com os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo da FIFA. Mas falarei da Copa do mundo em um próximo post.

A "corrida" de Webb Ellis não foi legalizada até 1841-2 e em 1845 foi escrito o primeiro livro de regras do Rugby Football. Em janeiro de 1871, foi fundado The Rugby Football Union, para uniformizar as regras do esporte e retirar alguns aspectos mais violentos do jogo. Escrito por três advogados que haviam estudado em Rugby, o resultado foram Leis, e não regras do esporte. Então surgiu a International Rugby Board- IRB para determinar as regras de jogos entre times de países distintos. Em 1884 houve um desacordo entre Inglaterra e Escócia, durando até 1930, quando foi determinada a unificação do regulamento da IRB para todos os jogos. As leis continuam mudando aos poucos para se enquadrar melhor à qualidade de jogo e evitar danos físicos.

Nesse meio tempo, como você já deve ter percebido, o Rugby Football saiu de Rugby, da Inglaterra e alcançou a Europa. E não foi só isso. As colônias britânicas conheceram o rugby logo. Isso explica como a elite do rugby é composta por Nova Zelândia, Austrália e África do Sul. Também chegou por aqui na América Latina por intermédio de imigrantes ingleses.

Diz-se que Charles Miller, aquele que trouxe o futebol para o Brasil, é o responsável pelas primeiras partidas de rugby e pelo primeiro clube a jogar o esporte: o São Paulo Athletic Club-SPAC, quando ainda era no "Campo dos Ingleses", no bairro de Pirituba, em São Paulo. Uma série de jogos entre paulistas e cariocas foi disputada entre 1926 e 1940. Algumas partidas internacionais também ocorreram, como contra os Springboks (seleção sul-africana) e a seleção inglesa em 1932 e 1936, respectivamente. Por conta da Segunda Guerra Mundial, os ingleses, que eram a base dos times daqui, foram convocados e as partidas ficaram suspensas até 1947. Foi então fundada, em 1963, a União de Rugby do Brasil-URB, que organizou o 3º Campeonato Sul-Americano de Rugby, no qual a seleção brasileira terminou em segundo lugar. O campeonato chamou a atenção para o esporte e foram formados times juvenis pela primeira vez.

E para falar de um assunto que, tomara, será recorrente nesta página, em 1966 se enfrentaram a A.A.A. Horácio Lane, da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie e a A.A.A. Oswaldo Cruz, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no primeiro jogo universitário.

A Associação Brasileira de Rugby-ABR entrou no lugar da URB em 1971 e, reconhecida pelo Conselho Nacional do Desporto, organizou o 7º Campeonato Sul-Americano de Rugby em São Paulo. A Seleção Brasileira de Rugby é filiada à IRB (International Rugby Board), e figura atualmente entre as 35 melhores seleções do mundo, segundo o ranking mundial da entidade. Também é a atual campeã sul-americana B. A Seleção Brasileira Feminina foi tri-campeã sul-americana em 2007.