sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Uma Copa do Mundo amiga do planeta.


O Comitê Organizador da Copa do Mundo de Rugby de 2007 e o ADEME (Agência Francesa Gestora do Ambiente e da Energia) apresentaram conjuntamente seu plano para reduzir o impacto ambiental do terceiro maior evento esportivo do mundo.

Às margens do rio Sena, em um barco especialmente atracado para essa ocasião, os jornalistas, sócios e os representantes institucionais se juntaram para uma conferência de imprensa que formalizou a colaboração entre ADEME e Comitê Organizador.

“Um maravilhoso vetor de comunicação”

Michèle Pappalardo, o primeiro a falar, enfatizou a oportunidade que a organização da Copa do Mundo de Rugby terá para informar o público em geral. “Os grandes eventos esportivos podem ter um impacto sério no meio ambiente, mas são também um maravilhoso vetor de comunicação e educação para um número substancial de espectadores muito diferentes.”

Além dos prejuízos ambientais inerentes a um evento deste tamanho (46 mil toneladas de CO2 geradas apenas pela organização do torneio, 84% de todas as emissões de gás causadores do efeito estufa estão sendo produzidas por viagens), Michèle Pappalardo destacou as soluções postas em prática pelo ADEME e pelo Comitê Organizador para reduzir esses impactos ambientais: os estudos de praticabilidade com o EDF (companhia de energia européia) para a instalação de painéis solares, uso de dispositivos fotovoltáicos (sensíveis à luz solar) ligados a uma rede, diversos incentivos para usar o transporte público em vez de veículos individuais, separando o lixo (cestos separados para o lixo), a distribuição de produtos de comércio justo (fair trade, socialmente responsáveis) nos estádios, etc.

Bernard Lapasset continuou neste mesmo tema lembrando as medidas realizadas pela União Francesa de Rugby, tal como a instalação de painéis solares no Centro Nacional de Rugby em Marcoussis ou a nomeação do ex-jogador internacional Jean-François Tordo como um embaixador cujo papel é ensinar crianças sobre como respeitar o planeta. Esta missão até está indo uma etapa além, contando uma história chamada “Terra Oval” em mais de mil escolas francesas.

Jogadores mostram como se faz

Etienne Thobois, Principal Oficial Executiva do Comitê Organizador, listou então ações da sua equipe em prol do meio ambiente. Quanto ao transporte, o Comitê Organizador optou por usar apenas trens para viagens domésticas na França (transporte dos jogadores e de delegações). Os veículos Peugeot que transportarão convidados oficiais da Copa do Mundo funcionarão com Diester 30% (biocombustível) na região de Paris. A escolha por papel e de tintas de pigmentos vegetais ilustra também esta mentalidade ecológica. Estas medidas provam o compromisso do comitê organizando em respeitar e proteger o ambiente.


Joël Quandcard, deputado de Bordeaux (cidade anfitriã da Copa do Mundo de Rugby de 2007), disse que as principais áreas em que prestar atenção não eram somente dentro dos estádios, mas também fora deles. “Os Comitês Locais de Coordenação atuarão com um papel principal nisso”, ele continua, “mas nós estamos olhando de frente este desafio”. É também importante notar o envolvimento de celebridades do Rugby como Olivier Brouzet, o ex-segunda linha da equipe francesa de Rugby, que estava na conferência. Ele disse: “o meio ambiente é o maior desafio deste século, assim nós precisamos ensinar a nossas crianças como respeitá-lo a fim de conservá-lo”. Haverá também um “passaporte para o ecofã”, patrocinado por Raphaël Ibanez (capitão da equipe francesa do Rugby) que diz a cidadãos sobre coisas simples que podem fazer para ajudar ao meio ambiente, junto com uma série de pôsteres engraçados dos jogadores do Rugby que pedem aos espectadores que sigam seu exemplo em sua vida diária. O ADEME, o Comitê Organizador e as Cidades Anfitriãs estarão incumbidos de providenciar e divulgar os pôsteres.

traduzido de www.france2007.org