quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Gasnier e a moda do Cross-code.

Mark Gasnier corre para marcar seu primeiro try em território Union

O cara chegou agora, mas não tem nada de novato. Mark Gasnier já marcou 77 tries em 134 partidas no NRL (National Rugby League) pelo St. George Illawarra Dragons, e 15 caps pela Seleção Australiana, marcando 11 vezes.

O ponta, que já marcou um try em sua estréia no Union, pelo Stade Français, receberá um milhão de dólares por ano. Esse tipo de oferta, mais a possibilidade de jogar nas seleções nacionais de Union vêm atraindo muitos jogadores para a troca de códigos, ou cross-code.

Alguns jogadores, como Lote Tuqiri, Jason Robinson e Lesley Vainikolo, fizeram a transição de códigos com muito sucesso. Vainikolo, que atualmente joga pelo Gloucester, nasceu em Tonga, mas foi criado na Nova Zelândia, seleção que representou no League. Quando mudou de código, tinha 3 possibilidades: Tonga, por nascimento, Nova Zelândia, por parentesco, e Inglaterra por residência. Optou pela Inglaterra e, como já comentamos, foi selecionado para o time da rosa vermelha depois de apenas 9 jogos no Union.

Jason Robinson, um caso extremo, foi uma grande estrela no League, jogando 12 vezes pela seleção britânica e 7 pela seleção inglesa. Em 1996 começou também a jogar Union pelo Bath, e em 2000 trocou definitivamente de código. Em 2001 ganhou seu primeiro boné na seleção Inglesa, onde marcou 140 pontos em 51 aparições. Fora uma brilhante carreira em clube.

Outro caso à parte é o que envolve Sonny Bill Williams, jogador neozelandês de league que abandonou o clube australiano Bulldogs para jogar no Toulon. Sim, o mesmo que contratou Tana Umaga e outros vários jogadores veteranos. Bill Williams quebrou o contrato com seu clube de league, gerando uma tremenda cobertura das mídias internacionais.

O êxodo de algumas estrelas do League para o Union se deve, segundo David Gallop, à incapacidade de clubes australianos em oferecer o mesmo que clubes como o Stade Français. Chefão da NRL, David diz que "a realidade que todos devem aceitar é que não dá para inventar dinheiro, e que clubes da NRL não conseguem competir com um milhão de dólares em um ano por um só jogador."

Enquanto esses “cross-coders” criarem belas jogadas como as de Jonah Lomu (sim, ele também começou no league!) ou de Jason Robinson, que continuem vindo para o Union!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um vídeo, várias histórias

E vamos recomeçar com mais um vídeo dos nossos amigos do RugbyDump. Saiu logo depois da última rodada do Top 14, o campeonato francês de clubes, que já está pegando fogo.

No topo da tabela está o Stade Français, 13 vezes campeão, e um dos melhores clubes europeus da atualidade. O vídeo vem do jogo entre Stade Français e Bourgoin, que aconteceu no dia 26 de setembro, e acabou 32 a 25 para os líderes parisienses.

Uma jogada espetacular, que começa com um ruck rápido e limpo e um bom passe do inside-half Alexandre Albouy para o mago argentino Hernández. Um belo movimento do abertura com Sergio Parisse, voltando a bola para as mão de Hernandez, que quebra a marca e abre para o full-back/abertura Lionel Beauxis, que apenas pendura a bola para o estreante Gasnier. O australiano ainda escapa de ser segurado por um jogador do Bourgoin para correr por dentro do ingoal e marcar no meio dos postes.



Além da espetacular jogada, o vídeo dá espaço para outras histórias, que eu vou acabar dividindo em outros posts.
Um é a estréia de Mark Gasnier, jogador australiano de League, um dos mais recentes "cross-coders" e a moda que isso se tornou.
O terceira linha Parisse, que foi indicado para o prêmio de Melhor Jogador do Ano do IRB.
E claro, o próprio Top 14, que promete esquentar ainda mais.