domingo, 6 de janeiro de 2008

Hugo Porta é o novo representante argentino na IRB

Na última reunião do Conselho Diretivo da União Argentina de Rugby em 28/12 ficou decidido que o ex-jogador Hugo Porta é o novo representante do rugby argentino, nomeado no lugar de Carlos Tozzi.

Hugo Porta em foto de 1977, preparando mais uma das conversões que o deixaram famoso


Hugo Porta foi capitão dos Pumas e recebeu 65 caps. Agora ele é o encarregado de negociar a inclusão no Tri-Nations ou no Six Nations. Para quem não está familiarizado com os termos, Tri-Nations é o torneio entre Nova Zelândia, Austrália e África do Sul, e o Six Nations o torneio entre Inglaterra, Irlanda, Pais de Gales, Escócia, França e Itália.

“Minha função é representar o rugby argentino, coisa que eu já fiz em campo e agora farei na dirigência” declarou ele. “O principal objetivo é seguir sendo considerados como parte do primeiro escalão e obviamente tratar de encontrar a forma, que já começamos a fazer, para que a Argentina se insira definitivamente no rugby profissional.”

Porta foi embaixador da Argentina na África do Sul em 1991, e em 1994 se tornou Ministro do Esporte. Ocupava até agora o cargo de Presidente da Confederação Sul-americana de Rugby, de onde mantém uma boa relação com o presidente da IRB, Bernard Lapasset, com quem se encontrará já em fevereiro.

Hugo Porta foi talvez o primeiro argentino a se destacar internacionalmente. O abertura do Banco Nación faz parte do Hall da Fama do Ruby. Além das estatísticas que depõe a seu favor, como o recorde do Guinnes Book por pontuar 7 penais e uma conversão em uma só partida, liderou tanto os Pumas quanto os Jaguares, seleção sul-americana que excursionou à África do Sul entre 1980 e 84, vencendo um jogo. Isso e mais dois Test matches contra os Springboks na Argentina, fizeram os sul-africanos o descreverem como o mestre na arte dos aberturas.

Marcou todos os pontos dos Pumas em partidas como um empate contra a França em 77, e contra os All Blacks em 1985. Venceu jogos contra a já citada França, África do Sul e Austrália. Em 1985 foi considerado o melhor jogador do mundo segundo publicações francesas especializadas.

Além do exemplo dentro e campo, que Hernández segue à risca, esperamos que sua atuação como dirigente seja frutífera para o rugby sul-americano como foi en la cancha. Comentários em sites argentinos esperam que a atuação de Porta seja melhor que aquela que demonstrou na Confederação Sul-americana.

Um comentário:

TAKA disse...

Olá,
Tudo bem? Antes de mais nada, parabéns pelo ótimo Blog! Muito bom mesmo.
Joguei por alguns anos no time da faculdade de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e me interesso bastante pelas notícias do mundo do Rugby.
Compartilho com você o sentimento de lutar pela popularização de um esporte pouco difundido nesse país que só tem olhos para o futebol. Tenho um blog sobre Sumo (sumobrasileiro.blogspot.com), se tiver interesse, dê uma passadinha por lá.
Quanto ao seu post sobre o lendário Hugo Porta, estou bastante otimista, pois ele tem demonstrado brilho também fora de campo.

Abraços!