terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Vainikolo procura refúgio no rugby

O jogador perdeu o irmão em dezembro passado, vítima de um ataque cardíaco, e esse mês perdeu o pai, mas voltou a treinar para aliviar a tensão.


Ele foi para a Nova Zelândia ficar com a família, onde passou apenas duas semanas e já retornou para treinar com o Gloucester. Em entrevista à BBC Vainikolo disse: “Tudo que eu queria era voltar ao trabalho e colocar minha cabeça no lugar, ficar longe dos problemas”.

Vainikolo disse ainda que seu pai foi o primeiro a ser avisado por ele da recente convocação para a seleção inglesa. “Isso elevou o espírito da família Vainikolo e foi uma boa-nova saber que o nome de meu pai estará entre os grandes em breve”, completou.

Infelizmente Solomone não poderá ver o filho vestindo a camisa da rosa vermelha, mas Lesley já disse que fará o possível para marcar seus primeiros pontos já no próximo jogo, dia 2 contra o País de Gales.

PS: Achei essa notícia especialmente importante por que demonstra mais uma vez o caráter do rugby. Muitas pessoas dizem que foram “salvas” pelo rugby. Além de colegas brasileiros e até mesmo o presidente da ABR, posso citar o exemplo de Jonah Lomu, que nasceu e foi criado em um bairro pobre e violento de Auckland, e mesmo sua recuperação da grave doença que o deixou sem poder andar.

Munster vai para as quartas de final e elimina Wasps

Atual campeão da Heineken Cup, o London Wasps só precisava de um empate contra o Munster para garantir a classificação para as quartas-de-final. Mesmo uma derrota com ponto bônus, garantia o segundo lugar na chave. Mas os irlandeses não deixaram, dominando Thomond Park nas arquibancadas e dentro de campo.

Denis Leamy comemora seu try, acompanhado por Howlett, Horan e O'Gara

Daniel Cipriani, já citado abaixo, fez uma partida madura, marcou os três pontos dos Wasps e deve ter convencido Ashton de que merece uma vaga na esquadra nacional. Mas a noite foi mesmo do Munster e especialmente de Donncha O'Callaghan (segunda-linha que dominou os line-outs e foi eleito homem-da-partida) e Ronan O'Gara.

O’Gara, o abertura que desapontou fãs do mundo todo com uma atuação pobre na Copa, se redimiu e marcou 14 pontos dos 19, além de dar o passe para o try de Denis Leamy aos 76 minutos.

Aí vai uma jogada da partida. Doug Howlett, o ponta que veio da Nova Zelândia para reforçar o Munster mostra como um ponta pode fazer diferença mesmo com as piores condições, com vento, chuva, lama, etc... Timing perfeito, completamente dentro da lei.



A equipe irlandesa agora enfrentará ou Gloucester. O jogo será na Inglaterra, casa do Gloucester, por motivos explicados 2 posts abaixo. Os outros jogos dos classificados são: Saracens x Ospreys, London Irish x Perpignan e Toulouse x Cardiff Blues.

De todos os clubes classificados só o Munster se classificou no ano passado. Três deles se classificaram pela primeira vez na história, na verdade quatro, se considerarmos o Cardiff Blues como um clube diferente do Cardiff.

domingo, 20 de janeiro de 2008

De Villiers é o novo técnico dos Springboks

Atual campeão do mundo, a África do Sul nomeou esse mês seu novo técnico: Peter De Villiers.

Com a conturbada saída do premiado Jake White ainda no final do ano passado, De Villiers ficou com o peso de uma seleção recém-coroada melhor do mundo.

Por ser o primeiro técnico negro dos Springboks, há a crítica de que sua indicação tenha sido puramente racial. O novo técnico teve que disputar o cargo com mais três técnicos, entre eles Heyneke Meyer, que era o favorito na disputa. Meyer recebeu votos de 77% entre 258 membros da SARPA (Associação de jogares de rugby sul-africanos).

Os dirigentes negam que a razão da escolha seja racial, afinal De Villiers comandou os Emerging Springboks e liderou a seleção sub-21 ao título mundial em 2005, entre outras conquistas com clubes sul-africanos, provando que é um “líder forte, um técnico com gabarito comprovado”, segundo as palavras de Johan Prinsloo, chefe executivo da SARU (South African Rugby Union).

Oregan Hoskins, presidente da SARU, disse que o desejo de diminuir as diferenças raciais no rugby também foi um dos pontos levados em conta. “A indicação não teve apenas motivos de rugby, levamos em conta a questão da transformação no rugby muito, muito seriamente quando tomamos a decisão.”

O primeiro Test match de De Villiers será contra Gales dia 7 de junho, e ele já disse que não fará mudanças substanciais, mas que tem trabalho duro para a equipe.

Brian Ashton traz surpresas para o 6 Nations

O 6 Nations começará em breve, e a maior parte dos técnicos já escalaram seus times. O torneio europeu de seleções tem seu kick off no dia 2 de fevereiro e acaba dia 15 de março.

Brian Ashton anuncia a esquadra que levará ao 6 Nations

A maior parte dos técnicos privilegiou uma escalação com novos nomes, privilegiando jogadores que tem mais chances de jogar a Copa daqui a 3 anos. Mas algumas surpresas surgiram na escalação feita por Ashton para a Inglaterra.

Jogadores como o tongano Lesley Vainikolo, sensação do Gloucester, e Danny Cipriani, o abertura que promete representar bem o papel de Wilkinson foram escalados, e Olly Barkley não.

Vainikolo, que mudou recentemente do Rugby League para o Union, promete ser a sensação do torneio. Com a velocidade e força dos jogadores do Pacífico, o ponta de 28 anos foi elogiado por Mike Tindall: “Você não pode negar os feitos dele. Ele é simplesmente um fenômeno no que pode fazer dentro de campo.” Detalhe é que Vainikolo só havia jogado 9 jogos no Rugby Union quando Ashton o escolheu!

Danny Cipriani é o abertura do London Wasps e apesar dos 20 anos já é considerado um dos melhores jogadores da Inglaterra. Apesar de ter que se impor bastante para tomar o posto da lenda Jonny Wilkinson, o garoto já vem sendo chamado de “gênio” pela mídia. Fora os tablóides, que já estão de olho no mais novo candidato a galã.

Com a saída de Corry e Dallaglio, o espaço na terceira linha está livre para James Haskell mostrar o que sabe. Dallaglio vai abrir esse espaço também no London Wasps, clube em que o asa/oitavo de 22 anos também joga. Seu técnico no Wasps, Shaun Edwards disse que Haskell “é um punido quando com a bola nas mãos que quebra muitos tackles e tem um olho para a linha de try.”

Outros novatos a ficar de olho são Tom Croft, segunda linha/asa que dizem ter velocidade e manuseio de bola equivalente aos de um centro, e o scrum-half Richard Wigglesworth, que teve excelentes atuações com o Sale mas ainda não despontou porque segundo ele mesmo: “nunca fiz um try de 60 metros – eu jogo para o time. Com tantos velocistas no time, minha função é deixá-los jogar, e não jogar por mim”.

Quanto à ausência de Olly Barkley na escalação, Ashton disse não ser uma punição, e sim um apoio à Barkley, para que ele tenha tempo de se concentrar na audiência que terá dia 11 de fevereiro, no meio da competição. Berkeley está sendo acusado de agressão física em um festa de casamento. O centro do Bath alega inocência, e terá que comparecer perante o juiz para se defender. O jogador disse estar desapontado, pois está em ótima forma em seu clube mesmo com as “distrações” fora de campo.

Confira os escalados:
Backs: I. Balshaw (Gloucester), D. Cipriani (Wasps), M. Cueto (Sale Sharks), T. Flood (Newcastle), A. Gomarsall (Harlequins), C. Hodgson (Sale Sharks), J. Noon (Newcastle), P. Richards (London Irish), P. Sackey (Wasps), D. Strettle (Harlequins), M. Tait (Newcastle), M. Tindall (Gloucester), R. Wigglesworth (Sale Sharks), J. Wilkinson (Newcastle), L. Vainikolo (Gloucester).

Forwards: S. Borthwick (Bath), T. Croft (Leicester), G. Chuter (Leicester), L. Deacon (Leicester), N. Easter (Harlequins), J. Haskell (Wasps), B. Kay (Leicester), L. Mears (Bath), L. Moody (Leicester), T. Payne (Wasps), T. Rees (Wasps), M. Regan (Bristol), S. Shaw (Wasps), A. Sheridan (Sale Sharks), M. Stevens (Bath), P. Vickery (Wasps, capt), J. Worsley (Wasps).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Martin Corry e Raphael Ibañez se aposentam

Parece que é a época das lendas do rugby se aposentarem. Essa semana o inglês Martin Corry e o francês Raphael Ibañez anunciaram a retirada de campo.



Martin Corry comemora a vitória sobre a Austrália na final da Copa de 2003

Martin Corry ainda era uma das opções de Brian Ashton para a escalação do Six Nations, mas avisou o técnico por telefone recentemente sobre sua despedida. O jogador de 34 anos disse que quer dar espaço para a nova geração.

Motivo de esperança para os torcedores, alguns terceiras-linhas jovens como James Haskell, Tom Rees, Tom Croft e Jordan Crane são alguns dos nomes que ajudaram a ascensão da equipe às finais da Copa.

O terceira-linha teve que batalhar muito para se tornar titular absoluto da seleção inglesa e entrar no lugar de um dos membros da Santíssima Trindade: Hill, Dallaglio e Back.

Detentor de 64 caps, o ex-capitão é um dos jogadores mais respeitados dentro e fora de campo. Mesmo os conflitos com o ex treinador Andy Robinson por causa do retorno de Dallaglio em 2006, Corry fez questão de não reclamar, e seu comprometimento com o time foi fundamental na virada de mesa durante a Copa do ano passado.

Oitavo do clube inglês Leicester, disse que agora prefere ficar com a família e com o clube a ter que viajar com a seleção.





Ibañez é tackleado na partida de bronze na última Copa do Mundo, na França

Ibañez foi capitão da seleção francesa nas Copas de 1999 e 2007, e ficou perto dos 100 caps. Assim como Corry, o hooker francês se decidiu por causa dos objetivos da nova equipe técnica do Le Bleus. Eles querem colocar jogadores jovens para que a equipe esteja forte na copa de 2011.

Faltando apenas 2 jogos para completar a marca dos 100, Ibañez liderou os galos a 2 Grand Slams e uma final de Copa, em 1999. Capitão em 41 partidas, ele disse que pelo menos até o final da temporada continuará jogando pelo London Wasps.

Ele já abandonou a camisa nacional uma vez, em 2003, mas voltou dois anos depois.
Seu primeiro jogo foi em 1996 contra a seleção de Gales, e o último foi na disputa pelo bronze na Copa, contra a Argentina, jogo que o fez reclamar da atitude dos Pumas dentro de campo. Nada que tirasse o brilho da conquista dos hermanos nem da carreira brilhante de Raphael.

Sobre a aposentadoria do jogador, o presidente da Federação Francesa de Rugby Bernard Lapasset disse que “ele está pronto para virar a página”. Acrescentou ainda: “é verdade que eu disse que devemos propor para esse rapaz um carreira como técnico”

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Hieneken Cup – qualificação para as quartas de final

Oito lugares disputados como ouro pelos melhores clubes de rugby do velho continente. O maior campeonato entre clubes do mundo. Quartas de final. Mas quem continua e quem volta pra casa? Qual a vantagem de ficar em primeiro lugar no grupo?

Ainda faltam duas rodadas para o final da fase classificatória da Heineken: Rodada 5 dias 11, 12, e 13 de janeiro de 2008 e a Rodada 6 nos dias 18, 19 e 20. As cobiçadas quartas de final serão só em abril, nos dias 4, 5, e 6.

Todas as chaves serão decididas apenas na Rodada 6, dado o equilíbrio entre as equipes. A única exceção é a chave 2 que pode ver o Gloucester garantir a vaga antecipadamente caso ganhe dos Ospreys, mas ainda assim não garante a posição para jogar as quartas em casa, presente dado aos 4 melhores times.

Sendo 6 chaves e oito vagas, só garante a vaga quem estiver em primeiro lugar, e depois disso os dois melhores times a ficar em segundo lugar na chave recebem a sétima e a oitava vagas.

Para a pontuação vale a conta da Copa, lembra-se? 4 pontos para o vencedor, 2 pontos para empate. Bônus para quem fizer 4 tries ou mais e para quem perder por 7 pontos ou menos.

A colocação nas quartas de final contará com esses mesmos pontos, deixando os primeiros colocados em cada grupo ordenados de 1 a 6. As duas equipes classificadas por pontuação em segundo lugar serão 7 e 8.

Veja aqui como estão as chaves:
Grupo 1:
1- London Irish- 14 pontos
2- Perpignan- 13 pontos
3- Dragons- 7 pontos
4- Trevisano- 5 pontos

Grupo 2:
1- Goucester- 19 pontos
2- Ospreys- 13 pontos
3- Bourgoin- 5 pontos
4- Ulster- 1 pontos

Grupo 3:
1- Bristol- 12 pontos
2- Cardiff Blues- 12 pontos
3- Stade Français- 9 pontos
4-Harlequins- 2 pontos

Grupo 4:
1- Saracens- 15 pontos
2- Biarritz Olympique- 13 pontos
3- Glasgow Warriors- 11 pontos
4-Viadana- 2 pontos

Grupo 5:
1- Munster- 14 pontos
2- London Wasps- 13 pontos
3- Clermont Auvergne- 10 pontos
4-Llanelli Scarlets- 0 pontos

Grupo 6:
1- Toulouse- 14 pontos
2- Leicester Tigers- 9 pontos
3- Leinster- 8 pontos
4-Edinburgh- 5 pontos

O que foi a copa, o que ela deve ser.

Hino da Copa.
Quem ouve o podcast Total Rugby da IRB já ouviu na vinheta. Destaque para a bela Katherine Jenkins de Gales:

PS: Faltou argentina nesse clipe. Foi feito antes da copa!


E um clipe do que foi a copa de 2007, para emocionar jogadores e não-jogadores:
Summary of the World Cup

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Hernández pego no flagra

O abertura dos Pumas, Juan Martín Hernández, havia sido liberado de seu clube francês Stade Français por conta de uma suposta contusão no joelho, mas foi flagrado jogando futebol nas areias de Punta del Este, no Uruguai.

Foto que criou o mal estar, publicada pelo jornal argentino La Nación

Na partida contra o time de Agustín Pichot, ex scrum-half dos Pumas, não havia sequer uma proteção no joelho contundido de Hernández.

O jogador, que faz as vezes de full-back no Stade Français, sofreu a lesão no joelho direito no dia 22 de dezembro, numa partida contra o Montauban. Liberado para breves férias em Buenos Aires, deveria voltar aos treinos no dia 31, o que não aconteceu.

Diz-se que Hernández passou por uma ressonância na Argentina e que precisaria ficar mais tempo em repouso. Mas a foto comprova a condição física do jogador.

Impedido de jogar na sua posição preferida em um time que tem David Skrela e Lionel Beauxis, o jogador não estava contente em ficar como full-back. Mesmo depois de ser apontado como um dos melhores jogadores do mundo, e apelidado de “O Mágico” por suas habilidades como abertura dos Pumas, o jogador não terá a posição no Stade.

Toda a polêmica só aumenta os boatos de que o jogador terminará essa temporada na França e irá jogar no Leicester Tigers, da Inglaterra. Além da posição garantida terá como treinador o também argentino Marcelo Loffreda, ex técnico dos Pumas.

Antes de ingressar no Stade Français, Hernández chegou a visitar os Tigers para negociar um contrato, mas teve o visto negado, não podendo concluir as negociações.

Além de ser um enorme talento dentro de campo, o humilde e modesto "Juani" Hernández é famoso por ser o queridinho das mulheres. Considerado um dos jogadores de rugby mais bonitos, posou nu para o calendário Dieux du Stade, de seu clube.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Doug Howlett chega à Europa

Doug Howlett, ponta dos All Blacks, está prestes a estrear na sua nova equipe, o Munster. Contratado desde o ano passado, Howlett ainda estava se adaptando ao fuso horário, nova casa, novo time, etc.


Escalado para ficar no banco no jogo postergado contra o Ulster, sua estréia ainda não está definida, mas poderá ser contra o Clermont Auvergne no dia 13.

“Seria bom participar em algum ponto, mas eu sei que esses garotos (Munster) estão indo bem então eu tenho que esperar e ver o que acontece. Nos treinos de hoje e de ontem era uma questão para mim observar, entender o que estava acontecendo, os padrões de jogo, e aí trabalhar na adaptação.”

Doug Howlett passou por maus bocados logo depois da eliminação dos All Blacks na Copa ano passado. Depois de uma festa entre colegas de equipe, ele e outro jogadores saíram pelas ruas e causaram alguns danos a automóveis. Howlett, que mantém uma ONG na Nova Zelândia para ajudar crianças carentes por intermédio do rugby, pediu desculpas publicamente nesse vídeo:

Hugo Porta é o novo representante argentino na IRB

Na última reunião do Conselho Diretivo da União Argentina de Rugby em 28/12 ficou decidido que o ex-jogador Hugo Porta é o novo representante do rugby argentino, nomeado no lugar de Carlos Tozzi.

Hugo Porta em foto de 1977, preparando mais uma das conversões que o deixaram famoso


Hugo Porta foi capitão dos Pumas e recebeu 65 caps. Agora ele é o encarregado de negociar a inclusão no Tri-Nations ou no Six Nations. Para quem não está familiarizado com os termos, Tri-Nations é o torneio entre Nova Zelândia, Austrália e África do Sul, e o Six Nations o torneio entre Inglaterra, Irlanda, Pais de Gales, Escócia, França e Itália.

“Minha função é representar o rugby argentino, coisa que eu já fiz em campo e agora farei na dirigência” declarou ele. “O principal objetivo é seguir sendo considerados como parte do primeiro escalão e obviamente tratar de encontrar a forma, que já começamos a fazer, para que a Argentina se insira definitivamente no rugby profissional.”

Porta foi embaixador da Argentina na África do Sul em 1991, e em 1994 se tornou Ministro do Esporte. Ocupava até agora o cargo de Presidente da Confederação Sul-americana de Rugby, de onde mantém uma boa relação com o presidente da IRB, Bernard Lapasset, com quem se encontrará já em fevereiro.

Hugo Porta foi talvez o primeiro argentino a se destacar internacionalmente. O abertura do Banco Nación faz parte do Hall da Fama do Ruby. Além das estatísticas que depõe a seu favor, como o recorde do Guinnes Book por pontuar 7 penais e uma conversão em uma só partida, liderou tanto os Pumas quanto os Jaguares, seleção sul-americana que excursionou à África do Sul entre 1980 e 84, vencendo um jogo. Isso e mais dois Test matches contra os Springboks na Argentina, fizeram os sul-africanos o descreverem como o mestre na arte dos aberturas.

Marcou todos os pontos dos Pumas em partidas como um empate contra a França em 77, e contra os All Blacks em 1985. Venceu jogos contra a já citada França, África do Sul e Austrália. Em 1985 foi considerado o melhor jogador do mundo segundo publicações francesas especializadas.

Além do exemplo dentro e campo, que Hernández segue à risca, esperamos que sua atuação como dirigente seja frutífera para o rugby sul-americano como foi en la cancha. Comentários em sites argentinos esperam que a atuação de Porta seja melhor que aquela que demonstrou na Confederação Sul-americana.

Munster X Ulster cancelado

Anteontem, sexta-feira, era pra ter acontecido o jogo entre Munster e Ulster, pela Liga Celta, mas o jogo foi cancelado por conta da neve.

Campo do Ulster Rugby, em Belfast, capital da província de Ulster, coberto de neve

Quatro polegadas de neve cobriram Ravenhill, campo do Ulster, e fizeram com que a situação ficasse perigosa não só para os jogadores, mas principalmente para os 12.000 espectadores esperados para o confronto. Uma nova data ainda será anunciada pelos dirigentes do Ulster.

O estádio na cidade de Belfast, Irlanda do Norte, seria palco do jogo que vale pela Magners League, ou Celtic League, que reúne times irlandeses, galêses e escoceses.

Até agora, o Leinster do argentino Felipe Contepomi está liderando com 33 pontos, 5 acima do segundo colocado Cardiff. Munster e Ulster estão uma rodada atrás, com um jogo a menos, Ulster está na lanterna e o Munster tem 25 pontos e, se vencer, toma o segundo lugar ficando com 29 pontos e ainda tem a possibilidade e receber mais um de bônus e se aproximar do líder.

Em breve mais notícias do Munster.

Os times participantes são:
Cardiff Blues – Gales
Connacht – Irlanda
Edinburgh – Escócia
Glasgow Warriors – Escócia
Leinster – Irlanda
Llaneli Scarlets – Gales
Munster – Irlanda
Newport Gwent Dragons – Gales
Ospreys – Gales (atuais campeões)
Ulster - Irlanda

Dallaglio anuncia aposentadoria

O ex-capitão da seleção da Inglaterra, Lawrence Dallaglio, anunciou pela segunda vez a retirada dos campos em partidas internacionais.

Dallaglio levanta a Copa do Mundo de Rugby em 2003 junto com Neil Back e Richard
Hill, seus companheiros de terceira linha. Os três eram chamados de Santíssima Trindade.


Um dos poucos jogadores ingleses a jogar todos os minutos da vitoriosa campanha da Inglaterra na Copa de 2003, Lawrence Dallaglio já havia pendurado as chuteiras da seleção em 2004, mas reverteu sua decisão em 2006, quando foi chamado para jogar a Copa do Mundo novamente.

Na final da Copa de 2007 ele recebeu seu 85º cap, um tipo de certificado de quem joga partidas internacionais oficiais pela seleção nacional.

O número oito, que fez seu primeiro jogo internacional em 1995, disse ao jornal britânico The Sun que “foi o inglês mais orgulhoso de si cada vez que vestiu a camisa de seu país”. “Entretanto, – continuou ele – Eu acredito que minha carreira internacional chegou ao fim e é minha hora de sair do caminho e dar espaço para os novos talentos que estão chutando a porta”.

O jogador de 35 anos disse que no final da temporada européia se aposentará também da carreira em clubes.

Outro ex-capitão inglês, Bill Beaumont, disse à BBC que concorda com a decisão. “Acho que do ponto de vista de Lawrence essa é a melhor hora para sair – ele já fez tudo em campo. Não tem tantos caras que levantaram o Premiership (Guiness Premiership, campeonato inglês de clubes), jogou em turnês vencedoras dos Lions, levantou a Copa do Mundo de Rugby.”

Beaumont, que liderou a seleção ao primeiro Grand Slam depois de 23 anos, em 1980, disse que Dallaglio merece um lugar entre os grandes jogadores da história do país, mesmo com as controvérsias que surgiram durante sua brilhante carreira.

Os episódios mais conhecidos envolveram a relação de Dallaglio com seus técnicos nacionais. Quando retornou aos campos em 2006, foi acusado de “obrigar” o então técnico Andy Robinson a colocá-lo como titular no lugar do capitão Martin Corry. E recentemente, ao final da Copa de 2007, criticou a má atuação do atual técnico (de contrato renovado) Brian Ashton e comissão técnica da Inglaterra.Mesmo com todo esse rolo, Ashton disse que não seria influenciado por essas atitudes na escalação para o Six Nations desse ano, mas acabou se livrando de uma situação chata. Os 32 jogadores serão anunciados na próxima quarta-feira 9.

Lawrence Dallaglio foi um jogador de um time só, jogando sempre pelo London Wasps, atuais campeões da Heineken Cup, o principal torneio de clubes da Europa. Tendo anunciado que no final da temporada vai pendurar as chuteiras no clube também já recebeu convite para continuar no clube com um cargo técnico. O jogador disse que vai fazer cursos de capacitação dentro do Wasps e vai estudar antes de se tornar técnico.

“Não espero ter as habilidades de bate-pronto, então vou ficar um tempo longe do campo e voltar depois. Só porque você foi um jogador de elite não quer dizer que possa ser um técnico de elite. Não é algo que se possa virar. Tem que ser modesto.”

Quem também encerrou as atividades de Test matches foi o ponta veterano da França Christophe Dominici. Com 65 caps, ele disse que há outros jogadores e uma nova história começando que tem como objetivo a Copa de 2011.


P.S.: Tem muita gente que não acredita que uma das estrelas da seleção inglesa vá desistir assim. Até porque Dallaglio, mesmo um pouco velho, está em um de seus melhores momentos tanto física quanto taticamente.